Pedro de Vasconcelos Galvão, natural de
Olinda, nascido em..........., era filho do coronel João
Carneiro da Silva Beltrão, conhecido também pela alcunha de
coronel Joca de Canavieiras, nome do seu engenho no
município de Paudalho. Pai de quatro filhas mulheres – a
primogênita, Maria da Glória, entrou na Ordem das
Beneditinas Enclausuradas, em São Paulo, adotando o nome de
Petronila – e três homens: Antônio, que ajudava da
administração dos negócios da família, João Beraldo,
engenheiro eletricista, formado em Juiz de Fora, e Pedro que
viria a ser o sacerdote Dom Gabriel Beltrão, da Ordem
Beneditina de Olinda. Fez os últimos anos no Seminário de
Roma, onde foi ordenado, retornando da Itália diretamente
para o Mosteiro de Olinda. No ano de 1913 foi professor de
Francês no curso Preparatório ao ingresso nas Escolas
fundadas em 1912 e que seriam instaladas no ano seguinte. Em
1914, foi professor de Doutrina sobre Criação de Animais
Domésticos e de Zootecnia, de Pestes e Polícia Veterinária.
Em 1916 e 1917, foi professor de Zootecnia Especial. Em
1919, foi professor de Anatomia Descritiva e de Zoologia
Sistemática, numa turma de 1° ano, e de Zootecnia Geral na
turma do 3° ano, como se observa, na Escola de Medicina
Veterinária, as disciplinas atribuídas a D. Gabriel sempre
se inseriam no campo da Zootecnia. À margem de sua vida
docente, esteve em varias funções administrativas na
Faculdade de Medicina Veterinária, particularmente, por
algumas vezes, como Secretário e Vice-Diretor. Ocupou estes
cargos em 1919. e 1925. D. Gabriel, também assumiu na mesma
condição a presidência do Centro Acadêmico em 1921.
Finalmente, cabe registrar que D. Gabriel, como Secretário,
no ano de 1926, lavrou a ata da sessão solene de formatura
da última turma da Escola de Medicina Veterinária São Bento,
em Olinda. No Mosteiro, em certa época, com certeza na
tumultuada fase das Escolas Superiores de Agricultura e
Medicina Veterinária São Bento, liderou um movimento em
favor de algumas reformas internas. Dom Gabriel ao ser
transferido para Campos, no Estado Rio de Janeiro, passou a
administrar propriedades da Ordem, Lá, homem culto e
respeitado na Sociedade campista, escrevia artigos para
jornal, assinando “Pedro de Canavieiras.” |