Nasce em 21 de novembro de 1870, na cidade de
Mergentheim, no reino de Württemberg, na Alemanha do Sul, Edmmundo
Roeser, sendo seus pais José Roeser († 1917) e Maria Roeser,
(†1908), Em 14 de novembro de 1894, ingressa na Abadia de Beuron.
Como já concluíra os estudos teológicos foi ordenado sacerdote em 10
de outubro de 1898 e celebrou a primeira missa em 13 de outubro de
1898. Deram-lhe como padroeiro na vida monástica o apóstolo São
Pedro.
Chamado por seu Abade, recebeu a ordem de partir para Bruges
(Bélgica), onde foi nomeado zelador e mestre dos noviços e de lá
para o Brasil. Deixou, em fevereiro de 1899, seu amado Beuron.
No Mosteiro de Santo André (Bélgica) procurou aprender a nossa
língua, familiarizar-se com os novos costumes, e embarca no porto de
Hamburgo para o Brasil em 28 de setembro de 1899. Neste mesmo ano é
adscrito à Congregação Beneditina do Brasil. Chega a Olinda em 15 de
outubro de 1899, demorando-se aí alguns dias, pois o término da
viagem seria a Residência de Nossa Senhora da Conceição, na Serra do
Baturité, no Estado do Ceará, onde ficou até o dia 1º de fevereiro
de 1900, como Prior e Instrutor. Após seis anos de dedicação e trabalho, torna-se cidadão brasileiro,
ao se naturalizar em 1905, em dezembro de 1906, foi enviado para
Olinda, sendo nomeado Abade do Mosteiro de Olinda e da Paraíba a 08
de junho de 1907 Dom Pedro Roeser, idealiza a criação da Escola de
Medicina Veterinária e Agricultura em 15 de novembro de 1911. Deveria ser moldada na “Landwirtschaftliche Hochschule” clássica dos
alemães e, denominar-se-iam “Escolas Superiores de Agricultura e
Medicina Veterinária de São Bento”, com programas baseados nos
currículos adotados pelas congêneres de Munich e Halle.
Ao serem fundadas as “Escolas Superiores” citadas, em 03 de novembro
de 1912, deu-se início à construção de edifícios escolares anexos ao
Mosteiro de São Bento, em Olinda. Simultaneamente foram abertas
matrículas para um curso preparatório aos programados, inaugurado em
05 de fevereiro de 1913 e com freqüência de 71 alunos.
Para comemorar condignamente o Centenário da Independência do
Brasil, trabalha intensamente para fundar um novo hospital. A pedra
fundamental do Hospital do Centenário foi lançada em sete de
setembro de 1922 e sua inauguração ocorreu em três de maio de 1925.
Em 1914 ingressou no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico
Pernambucano, com sócio efetivo, ocupando um dos cargos da Comissão
de Arqueologia e Etnografia.
Transferindo inicialmente para Santos, daí para Sorocaba, em 25 de
setembro de 1930, Dom Pedro Roeser foi nomeado presidente nacional
da Catholica Unio em 21 de agosto de 1931, transferiu-se
definitivamente para o pequeno Mosteiro de São Bento de Jundiaí,
onde seu sacerdócio ativo e fecundo expandiu-se longamente. Vendo a
penúria e o abandono das crianças pobres dos operários das fábricas,
sentiu a sua alma confranger-se, encher-se de compaixão.
Assim nasceu a obra prodigiosa da Casa da Criança, em Jundiaí, e que
permanece em atividade até os dias atuais.
Prevendo o crescimento do número de crianças desamparadas, idealizou
e fundou, em 1940, a Congregação das Oblatas Missionárias de Santa
Úrsula, para orientar e manter suas obras sociais e dar assistência
catequética às populações rurais.
Visando proteger, notadamente as famílias do campo, assistindo à
parturiente do campo, socorrendo o lavrador e seus filhos e
dando-lhes instrução, Dom Pedro Roeser, fundou em 1943 o Aprendizado
Agrícola Dr. Olavo Guimarães.
A comenda da Grã Ordem do Cruzeiro do Sul, maior condecoração
outorgada pelo Governo brasileiro, foi-lhe concedida em 29 de junho
de 1953, e representa o mais puro sentimento nacional. Em gratidão
ao seu Cidadão Benemérito, o povo de Jundiaí, após sua morte, ergueu
na Praça Dom Pedro II, situada defronte à Casa da Criança sua
escultura, para perpetuar no bronze sua grande vida e magnífica
obra. Olinda, lhe prestou uma justa e merecida homenagem, ao
conferir a uma de suas artérias, situada no seu sítio histórico: a
Rua Dom Pedro Roeser. A Universidade Federal Rural de Pernambuco –
UFRPE, continuação da obra Dom Pedro Roeser, e o considera seu
primeiro Reitor, concede anualmente, a medalha que leva o seu nome,
a pessoa física ou jurídica, que tenha prestado relevante serviço
àquela Universidade ou à Educação no País.
Faleceu em Jundiaí-SP, no dia 05 agosto de 1955, o Comendador Abade
D. Pedro Roeser, O.S.B. |