Nascido em quinze de novembro de mil novecentos e
trinta e nove, na Rua do Jasmim nº 33, no bairro da Boa Vista, em
Recife, Pernambuco. Filho de Luiz Bandeira Castelo Branco, falecido
quando ainda tinha cinco anos. Um tio e padrinho seu que estava no
velório, anos depois, contou que ele se dirigiu à sua mãe, Deolinda
Vasconcelos Castelo Branco, e disse: “Mamãe não chore, pois, quando
eu crescer vou colocar um chapéu na cabeça e tomar conta de casa”. Assim ocorreu, mesmo sem chapéu, aos quinze anos,
foi trabalhar e pôde alugar uma casa e sustentar a família (Mãe e
dois irmãos mais jovens), saindo da casa de tios onde moravam.
Para continuar os estudos tinha que achar meios de
manter sua condição de arrimo de família, pensou então em cursar um
ano e trabalhar um alternadamente até concluir. Trabalhando de dia e estudando à noite concluiu o
2º grau e por influência indireta de dois primos que já eram
Veterinários e por não poder cursar Geologia (sua primeira opção),
pediu demissão do emprego e prestou vestibular na Escola Superior de
Veterinária da Universidade Rural de Pernambuco, na época,
pertencente ao Ministério da Agricultura. Aprovado na 1ª. chamada iniciou o curso em 1961
vindo a concluir em dezembro de 1964. Quatro anos de total dedicação
à educação direcionada a entender e amar uma Profissão que, através
das outras espécies serve e cuida do bem-estar dos humanos. Nos primeiros meses manteve-se com a indenização
recebida da firma onde trabalhava, o dinheiro estava para terminar,
eis que Deus se fez presente. O Instituto Nacional de Reforma Agrária (INCRA),
instituiu uma bolsa de um salário mínimo mensal para o aluno mais
pobre, do primeiro ano, das Escolas de Agronomia e de Veterinária.
Por indicação do Diretório Acadêmico da
Veterinária, tornou-se bolsista, que para manter-se teria que passar
com média global superior a sete. Permanecendo, assim, até o último
ano do Curso. Durante o período escolar procurou estar presente
como líder estudantil e em estágios não remunerados. Formado, foi nomeado interino para o Ministério da
Agricultura para servir em Belém do Pará, posteriormente efetivado
por concurso público. No Ministério da Agricultura, assumiu chefias de
laboratórios de diagnóstico e de inspeção, serviços de defesa
sanitária animal, coordenação de equipes campanhas sanitárias, no
âmbito estadual e federal. Assumiu consultorias internacionais de curto
prazo, para tudo isto fez cursos nacionais e internacionais de
pós-graduação em nível de especialização e de mestrado. Sempre norteado e grato a todos que o indicou para
cargos, cursos e tarefas, fez da Medicina Veterinária um sacerdócio,
o que lhe ajudou a ser nomeado pelo Conselho Federal de Medicina
Veterinária, Presidente da Junta Governativa do Conselho Regional de
Medicina Veterinária de Pernambuco no triênio 1991/93, período
politicamente crítico para a Entidade no Estado. Por indicação da plenária da Academia Pernambucana
de Medicina Veterinária foi agraciado com o Troféu Santo Eliseu,
prêmio conferido na versão 2004. |